Dia D (6 de junho de 1944)

Anna Carolina Gomes
Guilherme Vitoretti
Larissa Geovanna
Letícia Lopes
Renata Ambrosio

 
Dia De Mudança
A operação militar que mudou o mundo

Tropas aliadas chegando a Normandia 


O desembarque dos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra e União Soviética) na Normandia foi uma operação que marcou, praticamente, o final da Segunda Guerra Mundial. A data, 6 de junho de 1944, é conhecida historicamente como o Dia D, esse termo foi usado para denotar o dia em que a operação deveria ser iniciada.


Einsenhower
Milhares de soldados aliados investiram em direção as praias do litoral norte da França. Mais de 185.000 homens e 20.000 veículos aéreos, marítimos e terrestres estavam no ataque planejado pelo general Dwight D. Eisenhower. Ataque este encarado com oposição dos comandantes das forças aéreas britânicas e americanas, que optavam em manter o foco nos bombardeios à Alemanha.


Eisenhower persistia em querer que os aviões aliados se agrupassem para destruir as linhas de comunicação germânicas na França. Como os oficiais se sustentaram irredutíveis, em março de 1944 o general ameaçou abandonar o posto se o assunto não estivesse resolvido do formato que esperava. A ameaça inclinou os outros a aceitarem sua estratégia, e o plano foi levado à diante.

Esquematizado para ocorrer na segunda-feira, dia 5, o Dia D foi prorrogado por 24 horas pelas condições climáticas desfavoráveis. O diretor do grupo de meteorologia de Eisenhower, o escocês Jim Stagg, deu seu aval ao general que o tempo mudaria a favor dos Aliados entre segunda e terça-feira.


Soldados desembarcavam em mar
No entanto, dos três chefes das Forças Aliadas, apenas dois deles, Bernard Montgomery, do Exército, e Bertram Ramsey, da Marinha, eram partidários à ofensiva no dia 6; o comandante da Força Aérea, Arthur Tedder, permanecia ponderando que a visibilidade não propiciaria satisfatória cobertura aérea. Eisenhower compreendia que, devido às condições do tempo, um novo adiamento retardaria o ataque para, no mínimo, 19 de junho.

Exércitos tinham que andar quilômetros
 para o confronto
O fator surpresa, além disso, estava a favor dos americanos, já que, apesar da grandeza da investida, a operação era ignorada pelo lado do Eixo. Inicialmente, porque os Aliados efetuaram com sucesso uma jogada de simulação do ataque à Normandia, fazendo as autoridades germânicas esperarem que a invasão acontecesse no Passo de Calais. Além do mais, que apenas os Aliados contavam com essas previsões do tempo, já que todas as estações alemãs estavam sobre posse das forças aliadas.

O esquema de ataque aliado

A invasão da Europa começou no início do dia 6, com a chegada dos paraquedistas e planadores da 6ª Divisão Aérea Britânica, a Oeste do Rio Orne. Este grupo era responsável pela proteção da encosta esquerda das praias que seriam invadidas pelas cinco divisões aliadas; já o flanco direito ficaria sob a responsabilidade da 82ª e da 101ª Divisões Aéreas Americanas, que pousaram entre Ste. Mère Eglise e Carentan.

Mesmo em mar, havia guerra
Totalizando, as três divisões compreendiam 23.400 homens, muitos estavam no interior francês, e seus comandantes tiveram extrema dificuldade em agrupa-los para investir contra os alvos pré-estabelecidos. O escasso número que conseguiu se reunir, contudo, avançou com valentia contra os inimigos.
Um grupo de soldados da veloz 82ª Divisão americana logo encurralou a 91ª Divisão germânica. No lado oriental, os boinas-vermelhas do 9º Batalhão de Paraquedistas britânicos, com apenas 150 soldados, conseguiram causar o calvário contra as fortificações alemãs em Merville. Deste modo, ao cair à noite, ambos os flancos da invasão já estavam garantidos.
Os números finais do dia 6 de junho de 1944 informam que 75.515 soldados britânicos e canadenses e 57.500 americanos desembarcaram pelas praias; outros 7.900 e 15.500, respectivamente, pelo ar. Estima-se que 2.500 militares aliados tenham sido mortos. As baixas totais, incluindo mortos, feridos, desaparecidos ou prisioneiros, são estimadas em 6.600 americanos, 3.000 britânicos, 946 canadenses e em torno de 6.500 alemães.
Pierre Clostermann, único brasileiro no Dia D
Para o único brasileiro presente no dia, o curitibano Pierre Clostermann, que atuou na força aérea, essa foi a sua chance de fazer algo pelo seu país, para ele é raro ter a chance de ficar na história em ajudar o futuro do planeta. Pierre ainda conta que quem estava na guerra só pensava em trazer a paz mundial.

Os países, ainda, usavam as mídias da época para tornar a opinião pública a seu agrado. Um bom exemplo é o desenho Pato Donald da empresa americana, Walt Disney. Em um de seus episódios é mostrado como os alemães eram obrigados a adorar Adolf Hitler, a todo o momento o personagem tinha que demonstrar tal adoração com os dizeres, “Heil Hitler”, salve Hitler em português. Além de mostrar a mobilização de todo o país em construir armamento para a guerra.
Apesar dos milhares de soldados nas praias da Normandia, por volta de 550 jornalistas credenciados pelo Comando de Operações dos Aliados desembarcaram no Norte da França com o objetivo de cobrir as ações do assalto e transmitir as notícias do front ao público internacional. Órgão oficial de comunicações da Grã-Bretanha, a poderosa BBC tinha 48 correspondentes no front da Operação Overlord.
Antes do Dia D, jamais foi possível ouvir relatos tão concisos e completos de uma operação militar dessa dimensão. Contudo, junto dos jornalistas ficavam os censores. Espalhados pelo litoral normando, eles são responsáveis por conferir as reportagens dos repórteres, garantindo que nenhuma delas contenha informações úteis aos inimigos. Esta condição começou em outubro de 1939, quando os primeiros repórteres britânicos foram autorizados a visitar os soldados aliados no front.

Jornal do Brasil previa um futuro novo ao mundo
Para os jornais da época, como o próprio Jornal do Brasil, o final da guerra levaria paz para a humanidade. Para eles, a derrota do nazismo alemão finalmente traria liberdade para todos os homens.

Porém, não foi bem isso que aconteceu. Este dia demonstrou uma mudança no sistema político, social e econômico. Com o fim da Segunda Guerra Mundial houve uma drástica alteração no rumo mundial, os Estados Unidos se tornaram o país mais poderoso do planeta, impondo seu perfil capitalista ao resto dele.
Enquanto se pensava que o fim da guerra levaria a igualdade entre as nações, acabou ocorrendo o inverso. O domínio norte americano e de outros países ricos arrastou os mais pobres ainda mais para o buraco. Esses países mais desenvolvidos encontraram uma forma de explorar as necessidades das nações mais carentes para aumentar o seu capital, enquanto forçava cada vez mais essas mesmas nações a serem cada vez mais dependentes de si.

A ONU foi criada após a SGMl com o intuito
 de trazer paz ao mundo
A criação das Nações Unidas (ONU) em 1945 também veio com o objetivo de unir os países, através da cooperação em assunto de direito e segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos e a consumação da paz mundial, porém anos após sua criação aconteceram confrontos entre as duas maiores potências da época, Estados Unidos e União Soviética, e inclusive os conflitos em países árabes que duram até os dias de hoje. Fatos que demonstram o não cumprimento total de seus objetivos.

Os EUA ainda se tornaram uma vitrine para os outros países. Com o fim da guerra e, anos seguintes, o começo de um avanço tecnológico muito acelerado tornou o país um espelho para os outros povos. O país espalhou sua cultura pelo mundo através de filmes, programas de TV, fastfood e grandes marcas de roupas.
O Dia D foi o marco inicial da mudança no rumo em que a humanidade se inseriu e que ainda é visível no século atual. Na época do fim da guerra era imaginado um planeta livre, mas ao ver a atual situação, fica claro o domínio norte americano sobre outros países.

SAIBA MAIS

Assista aos filmes para compreender melhor o Dia D. Os que se destacam dentre os diversos que existem são:


O Mais Longo dos Dias (The Longest Day, 1962), uma das mais caras produções da Fox concorreu a cinco Oscars e ganhou dois, direção de artes e efeitos especiais. Este filme tentou produzir uma reconstituição fiel do desembarque aliado na Normandia que ocorreu no dia 6 de junho de 1944, o conhecido Dia D.


O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan, 1998), dirigido por Steven Spielberg, o filme se baseou em fatos reais ocorridos após o desembarque na Normandia. O longa é marcado pelo violento confronto com os nazistas, apesar de a maior parte do filme se passar messes posteriores ao Dia D. A história gira em torno de uma missão, encontrar na Europa o soldado James Ryan (Matt Damon), a sua volta tinha sido determinada  pelo Alto Comando das Forças Armadas, para amenizar as dores de sua mãe que já havia perdido três outros filhos em combate. A Academia indicou o filme 11 vezes ao Oscar, e acabou conquistando cinco, o de melhor direção, fotografia, edição, som e edição de efeitos sonoros.

   Há também uma indicação de livro:


O Dia D - O amanhecer de Heróis. Esta obra foi produzida por Nigel Cawthorne e descreve profundamente a história da invasão da Normandia pelos aliados, na Segunda Guerra Mundial. Para quem deseja conhecer detalhes deste dia deve ler este livro.



REFERÊNCIAS:

O dia D – O amanhecer de heróis. 
Acesso em: 16 de nov. de 2012.


Filme: O mais Longos dos Dias
Acesso em: 23 de nov. de 2012.

Filme: O Resgate do soldado Ryan
Acesso em: 23 de nov. de 2012

HOBSBAWN, Eric: A Era dos Extremos: O Breve Século XX 1914-1991. Companhia das Letras, 2ª ed., 1994

II Guerra Mundial. 
Disponível em:
 Acesso em 25 nov. 2012

Imprensa Russa. 
 Acesso em 25 nov. 2012

Invadida a Europa. 
Disponível em: http://acervo.folha.com.br/fdn/1944/06/06/1//247559Acesso em 25 nov. 2012




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